quarta-feira, 17 de março de 2010

Blood Life

Resolvi postar meu fic aqui no blog hahahahaha uù vou postar o primeiro capítulo hoje e o segundo amanhã. O terceiro já tá pronto, mas provavelmente vou dar uma revisadinha nele antes *-* Espero comentários!

AH~ A capa foi feita pela LIV *beija* Obrigada, paixão!

o.o O que estiver em itálico é pensamento =-= espero nao ter esquecido nenhum, mas se esqueci, por favor, me avise =Dv

AVISO: =D Não me responsabilizo por NENHUMA vírgula do que você vai ler. Já tô avisando, tretou, relou, vou mandar se foder! O blog é meu, tá? ^-~



Capítulo I

Ano 195 A.T.

Nunca soube exatamente como começar a escrever. O começo sempre me pareceu a parte mais difícil! Não sei se deveria me apresentar ou simplesmente dizer ‘oi’, se deveria inseri-los no contexto histórico atual ou deixá-los chegar até ele apenas lendo o que escreverei a seguir... Apesar de não saber por onde começar, sei porque o fiz: na última sessão com meu psicólogo, foi-me recomendado escrever. Bem, a verdade é que ele preferia que eu contasse o que penso, juro que até tentei! Tenho certeza que o Doutor Kitazawa prestou atenção em cada palavra que eu disse, mas pela experiência que tenho em identificar as expressões e gestos, tive certeza que ele não acreditou em nenhuma das coisas que contei. Não o censuro! Muito pelo contrário. Se me contassem o que contei a ele, também ficaria descrente. Penso que é por essa razão que meu querido psicólogo tenha dito para tentar escrever...

Deixe-me contar um pouco sobre esse amável e gentil senhor a quem recorro semana após semana, por pelo menos duas horas.

Armand Kitazawa, 52 anos. Formado pela Universidade de São Paulo, por volta do ano 163 A.T.. Pai de três filhos: Volker, Guilherme e Cláudia. O filho mais velho deve ter por volta de vinte e sete anos, um menino muito gentil e bonito, um ótimo rapaz! Guilherme, o filho do meio, dez anos mais novo que Volker, é bastante esquentadinho e vez ou outra arruma brigas na escola. A menina, Cláudia. Oito anos, uma garota chata, irritante, mimada! Não gosto dela, parece demais com uma Cláudia que conheci certa vez... Não devo esquecer de mencionar a senhora Kitazawa!! Laíza Kitazawa, 46 anos, dona de casa, uma senhora muitíssimo gentil e simpática, bem educada e domesticada também, vive para a família!

‘Uma família feliz’ é isso que todos pensam ao vê-los passeando no parque em dias de domingos ensolarados ou em shoppings fazendo compras. Mal sabem que Volker tinha um irmão gêmeo, que morreu afogado aos quatro anos, implorando que o ajudassem sem que ninguém ouvisse. Guilherme está envolvido com drogas e gangues e Cláudia sofre com a rejeição dos colegas da escola.

Agora vocês devem estar pensando que sou algum detetive ou um maníaco, certo? Sei de mais coisas do que gostaria, ficar na presença de seres humanos pode ser bem perturbador no começo! Eles pensam, pensam, pensam... pensam até demais! Pensam em coisas que não precisam e muitos acabam se afogando em pensamentos muito profundos. Para aqueles que não estão acostumados, poder ver e ouvir o que se passa na mente alheia pode ser uma tortura eterna. Claro que com o tempo, você se acostuma! Podemos nos acostumar com quase qualquer situação!

Sim, retornando ao doutor Kitazawa! Sua família possui lá seus próprios problemas e, sinceramente? Não me interesso por eles. Mas acho interessante observar como o passar dos anos se reflete no viver. Há alguns séculos o nome ‘Armand’ era um tabu, nenhum ser colocaria tal nome em sua cria. Armand foi um vampiro muito... bom, sendo que ser um vampiro bom significa dizer que para todos aqueles com quem não simpatizava ele era ruim, entendem o que quero dizer? Bom... ruim... certo... errado, são todos conceitos que dependem do observador. ‘Laíza’ era o nome da garota que matou centenas de vampiros, lobisomens... Considerada a heroína dos humanos, sem ela provavelmente estariam extintos! Só que para nós, que estamos do outro lado, ela era o inimigo...

Certa vez, comentei sobre esses conceitos com o psicólogo. Ele pareceu concordar comigo, mas sua mente rejeitava todas aquelas idéias. Matar uma pessoa é errado, era o que ele pensava. Mal sabia que, sentada na sua frente, olhando e conversando com ele, estava uma alguém que havia matado milhares. Havia matado e ainda matava! Ora, o que vocês esperavam? Também preciso me alimentar, sabiam? Não que eu não faça alguns serviços por fora... Hum... isso não vem ao caso agora! Como podem ver, meu psicólogo não concorda com muitas das coisas que digo, e, mais uma vez, não me importo! Estou aqui escrevendo como ele sugeriu, certo? Sejamos sinceros, ele só tem cinqüenta e dois anos!! O que sabe sobre a vida? Nada! Definitivamente nada. Deixe-o achar que entende sobre o que quiser.

Algumas dúvidas ou então algumas idéias sobre mim já devem ter surgido! Se já fazem idéia, é provável que alguns não acreditem em nada e simplesmente parem de ler. Nunca pensei em escrever sobre mim, sobre os outros ou o que aconteceu, mas o tempo passa... as pessoas mudam...

Pois bem, esclarecendo. Sou uma vampira! Aham, vampiros existem. Existem há mais tempo do que podem imaginar! Vivemos junto aos humanos desde sempre, nos misturamos a eles sem revelar nossa verdadeira natureza, acabamos por nos destacar por sermos naturalmente fantásticos! Não. Não estou me gabando. Simplesmente somos assim.

Nosso mundo é muito parecido com o dos humanos, explorados e exploradores, apesar de que no nosso caso são aqueles que possuem força e aqueles que são fracos, aqueles que conseguem te matar e aqueles que não conseguem.

Freqüentemente escuto alguns humanos dizendo ‘queria ser um vampiro’, pois bem, sendo um e escrevendo sobre isso, devo esclarecer algumas coisas! A primeira é que a maioria dos vampiros não gosta de ‘eu quero ser um de vocês, por favor, me morda’, o gosto da caçada nos excita! O medo estampado nos olhos e ressoando em cada célula do corpo da presa é fascinante! Um prazer indescritível. Isso sem contar que a maioria dos vampiros vive em grupos extremamente seletivos e restritos, o que nos impede de sair por aí transformando humanos em seres como nós. Depois, não somos tão imortais quanto parecemos, podemos morrer! Muitos vampiros morreram durante a guerra, armas brancas são excelentes contra vampiros!

Huuum... O que mais? Ah, sim! Sabem aquela história de virar cinzas a luz do sol? Besteira!! Tudo mentira! Assim como a história da cruz e do alho... E o que mais? Ah, sim! Estacas! Estacas são legais, muito úteis! Não servem para matar, mas ajudam a se realizar tal ato. Estacas no coração podem paralisar! Paralisar eternamente, desde que não sejam removidas. Usei-as diversas vezes...

Nos dias de hoje quase ninguém sabe sobre isso, poucos tem conhecimento que vampiros e outros seres ditos fictícios existem de verdade, da mesma maneira que há centenas de séculos também não se acreditava em tais lendas. Porém, nada do que eu escreva aqui é segredo para os que conhecem a história ou a viveram!

Se me perguntarem se gosto de ser vampiro, responderia com sinceridade que sim, eu gosto! Conheço vampiros que gostariam de voltar atrás, alguns tentaram se matar, alguns se mataram... É difícil suportar a imortalidade. Assistir as pessoas a quem você se afeiçoou morrerem assassinadas, doentes, de velhice ou então participar de matanças, destruições, guerras... Aqueles que não entendem o que significa viver para sempre tendem a dizer ‘quero ser como você! Quero ser imortal!’. É patético!! Ser imortal é a menor das virtudes de um vampiro! Gosto de tal pois sempre gostei de aprender e com o passar dos anos diversas novidades surgem, novas descobertas, novos experimentos... Sempre há o que aprender! No entanto, não se pode parar para pensar sobre você. O que eu sou? Por que existo? Por que os vampiros existem? Quem nos criou? Vampiros são superiores, vamos subjugar todos os outros! Destruir! Matar! Essa é nossa real natureza. Somos animais, a força instintiva de um vampiro é incrivelmente superior a de um humano! Como disse anteriormente: sentimos prazer ao matar! Pensamentos como esses acabam por enlouquecer a maioria de nós, tanto com quanto sem as respostas.

As questões anteriores estão sendo respondidas ao longo de centenas de milhares de anos, poucos vampiros têm conhecimento sobre isso, talvez nem façam questão de saber. Sou vampira e vivo como uma. Não tenho receio de sair para caçar humanos. Não me importo se são mulheres, homens, crianças, adultos, idosos, brancos, negros, amarelos... Tenho preferências, escolho entre um ou outro da maneira que melhor me convém, mas a maioria dos vampiros não liga, simplesmente vão e matam.

Também conheço vampiros que vivem como humanos. Vampiros podem viver entre os humanos sem qualquer problema! Geralmente por se destacarem acabam por escolher profissões mais públicas, como atores, cantores, donos de grandes empresas... Particularmente gosto da vida isolada. Já tive amigos humanos, lutei e matei ao lado de muitos deles, mas, após a guerra, resolvi viver afastada. Não entendam mal, não moro sozinha. Diversos vampiros moram comigo, isso sem contar com algumas outras criaturas... E fui incumbida de manter a ordem dentro e nas redondezas do castelo para evitar novas batalhas.

Não gosto do cargo cujo qual fui obrigada a aceitar. Meu adorado senhor ordenou, confiou a mim a vida e a morte de todos aqueles seres! Ele sabe e sabia que eu não queria, mas não hesitou em me escolher. Já faz alguns anos que não tenho contato com ele, vejo-o freqüentemente em cartazes e televisões em lojas, nas cidades da região, mas não consigo falar-lhe... Quando paro para pensar nele, sinto algo próximo à dependência! Quero estar com ele sempre! Quero procurá-lo! Quero alcançá-lo... Então lembro o quanto ele desejava aquilo! O quanto ele sempre gostou de cantar, mesmo nos tempos de guerra... E agora que tinha chance de fazer o que gostava, quem eu era para atrapalhar? Ele era meu Senhor! Aquele a quem eu devia lealdade absoluta, minha vida e minha morte pertencem a ele e somente a ele. Isso sem contar que aqueles caras estão lá também...

Vocês acreditam em reencarnação? Pois bem, é melhor começarem a acreditar! Obtive provas reais sobre isso ao ver aqueles cinco reunidos! Estavam juntos de novo!! O mais incrível é que eram muito parecidos com as pessoas que conheci séculos atrás! Bem, no caso de seu Mestre e o Anjo até entendia: imortais. Não iriam mudar! Mas os demais eram lobisomem e humanos, deveriam ter morrido há bastante tempo e agora estavam ali!

Dong Bang Shin Ki.

Uma banda coreana que estava se tornando mundialmente conhecida. Lembro-me perfeitamente quando meu mestre oferecera a vida eterna a Yuhno que sempre havia sido um humano de temperamento forte, decidido, companheiro, amável mesmo com tantas mortes ao seu redor... Isso sem contar que era um excelente atirador e estrategista e um especialista em explosivos! E, diante a oferta de se tornar um vampiro, recusou-a sem pestanejar. Ele tinha orgulho de ser humano, havia nascido como tal e iria morrer como tal! Eu gostava dele. Gostava de suas atitudes sempre bem pensadas, de sua calma diante à situações difíceis! Yuhno contrabalançava com a líder dos humanos a quem todos chamavam Sammy, apesar de não ser seu nome verdadeiro. O outro humano, YooChun, não sabia como ele havia suportado tantos anos de matança desenfreada! Mas tinha certeza do como ele matava: preciso e rápido, sem sofrimento. YooChun era a alma carinhosa, bondosa que por diversas vezes chorava as vidas que tirava, não gostava de matar, mas o fazia, fazia pelos que haviam lutado antes dele, rezando para que a guerra se encerrasse com sua vida! Sem roubar o futuro e a felicidade das pessoas que sobreviveriam. Ele lutava para que os demais não precisassem faze-lo e carregava a vida dos que matava.

A vida de alguém é muito pesada. Independente de ser bom ou não! Uma vida é sempre uma vida. Quando matamos estamos encerrando ali os desejos, sonhos, vontades e o direito de futuro de alguém. Matar é a parte fácil do processo, mas quantos conseguem continuar vivendo após cortar a cabeça de alguém? Ordenar a destruição de um campo inteiro para encontrar uma semente ruim? Pensamentos como ‘ele é meu inimigo’ deixam de fazer sentido após anos de carnificina. Inimigos passam a ser amigos, amigos podem virar inimigos... Aquele com quem se conversou, riu, amou em um dia, pode tentar matá-lo no outro... E você terá que matá-lo ou então ele o matará.

A guerra acaba com a razão da gente, sabem? Já estiveram em uma? Presenciaram a morte de alguém? Ver uma pilha de cadáveres em putrefação, a terra sendo regada com sangue... Há quem goste do quadro fantasmagórico, tanto vampiros quanto humanos, anjos, lobisomens... Mas a maioria não consegue suportar...

Lobisomens também têm um prazer inestimável diante à caçada. ChangMin, agora humano, havia sido um deles. Incrível!! Essa era a palavra para descreve-lo! Ele era sem dúvidas... temperamental! Seu humor variava de acordo com a lua! E não posso evitar rir ao me lembrar dele. Apesar de não parecer, a lua nunca está do mesmo jeito, sempre haverá a mínima alteração, por isso não tinha como prever qual seria a atitude que ele tomaria. Provavelmente, se a mesmíssima batalha ocorresse em dias diferentes, ChangMin usaria diferentes estratégias para ganhar! Aaaah, e ele ganharia! A custo de muitas vidas, mas ganharia! Durante algum tempo ele também havia ficado bastante rebelde... na época isso foi um grande problema....

Aqui tenho que ressaltar um grande detalhe sobre os lobisomens! Não sei quem foi a infeliz criatura que teve a infeliz idéia de inventar que lobisomens são homens que se transformam em bestas selvagens durante a lua cheia. Se eu encontrasse com quem inventou isso, iria gostar de torturá-lo! Lobisomens não são nada disso e nunca foram! Penso que tal mentira foi inventada apenas para aterrorizar crianças que não obedeciam aos pais, tal qual o homem do saco! Lobisomens são seres magníficos e muito belos! Costumam ser bastante unidos, assim como os lobos. Aparentam ser humanos, mas possuem calda e orelhas típicas a lobos, quando irritados ou amedrontados, transformam-se em lobos tais quais os humanos conhecem ou, se resolverem revidar, ganham um porte avantajado e apresentam uma maior força, as patas da frente não ganham um real aspecto de mãos, mas há certa semelhança, para intimar acabam ficando sob duas pernas, o que costuma assustar os inimigos. São criaturas espertas e desconfiadas, mas muito leais e guias extremamente eficazes.

Lembram que ali em cima escrevi que o YooChun costumava rezar? Pois é... por diversas vezes pensei em para quem ele rezava. Não acredito em Deus. Não tenho razão alguma para acreditar. Não zombo das pessoas que rezam ou que acreditam na existência d’Ele, acho até bem interessante! Enquanto ele se recolhia nos escombros de alguma capela antiga, ou mesmo no aconchego de seus aposentos para realizar as orações eu me perguntava se Ele realmente existia... e se a resposta era positiva, por que estava fazendo aquilo? Tanto sofrimento... Até mesmo aqueles considerados os filhos mais próximos a Ele estavam descrentes sobre sua real existência.

Quando falo sobre esses ‘filhos’, refiro-me aos anjos. Aham! Deus pode não existir, mas os anjos existem! E, não, eles não são puros e cheios de sabedoria! Nem sempre protegem as pessoas, correm atrás de seus próprios interesses e matam se for necessário. Como podem ver, eles são como qualquer outra criatura. Possuem asas gigantescas, com belíssimas penas longas e muito brancas. A pele pálida, tão parecida com as da minha espécie, os olhos geralmente claros, azuis ou verdes! Anjos são seres que beiram a perfeição tanto quanto nós, vampiros, porém, quando nós sofremos cortes ou tiros sem maior gravidade, podemos muito bem nos recuperar sozinhos, mas os anjos não. Se sofrerem um corte, carregaram para sempre a cicatriz!

JunSu é um anjo. Não estou falando apenas da aparência, até por que ele possui características marcantes como, por exemplo, os olhos escuros, que o difere dos outros e o torna uma preciosidade entre os de sua própria espécie. Anjos de olhos escuros são extremamente raros, principalmente quando puros, ou seja, sem mistura com outros seres. Mutação! Aaaah, a beleza da mutação genética!! Vocês não fazem idéia do quanto fiquei feliz ao vê-lo ao lado de meu senhor! Gostaria de dizer que ele continua tão bonito quanto séculos atrás, mas agora, sem a sombra da destruição nos rondando, constato que ele está ainda mais belo e perfeito! Não posso dizer com certeza, mas imagino a felicidade que Junsu deve ter sentido ao reencontrar YooChun! Depois de tanto tempo...

E por falar em tempo, também imagino a felicidade de meu Mestre, JaeJoong, o líder dos vampiros, ao reencontrar com seus amigos! Ele havia mesmo se apegado aos quatro! O shuhan é uma pessoa um tanto... difícil. Apesar de não ser um vampiro puro, isto é, não ter nascido vampiro, possui a beleza e o gênio forte de um! Assim como eles, JaeJoong se manteve isolado por muito tempo, tratando de falar apenas com os portadores de cargos mais altos dentro do Clã. Não se misturava e comparecia somente aos eventos indispensáveis ao teatro montado pelos líderes dos grupos de vampiros durante a guerra. Alianças tornaram-se indispensáveis, todo grande ou pequeno grupo seria de grande valia numa batalha. O shuhan também não confiava em quase ninguém, mesmo dentro de seu próprio clã era preciso sempre manter a guarda alta!

Certo certo, vamos colocar os personagens em seus respectivos lugares na história, que apenas falar sobre eles não fará com que nenhum de vocês entenda muita coisa! Tudo começou com a morte do Conde do Milênio....

Era um dia chuvoso, o ar abafado corria pelos corredores do castelo, apenas algumas tochas estavam acessas. Os gritos dos soldados misturavam-se ao dos empregados, com todos falando ao mesmo tempo era impossível averiguar o que de fato tinha ocorrido ali. Os homens armados com pesadas espadas empurravam os demais para um canto qualquer da cozinha, indagando quem havia matado o soberano, mas obtinham apenas respostas vagas e embaralhadas.

O Conde do Milênio era famoso por ser o único a possuir armas que podiam ferir mortalmente os vampiros. Ele era um homem asqueroso, egoísta, mesquinho, sujo... Não compartilhava de tal arsenal com absolutamente ninguém, por mais que a pessoa insistisse ou pudesse pagar! Aquelas armas eram únicas, ele não as compartilharia, deteria o segredo de como acabar com aquelas bestas selvagens somente para si.

Porém, sua morte foi recebida com surpresa por todos. O castelo do Conde era uma fortaleza! Homens fiéis guardavam os portões com armas capazes de deter o melhor dos imortais. Infiltrar-se sempre pareceu ser algo impossível, então, como aquele homem podia estar morto agora? Não havia sinal de luta ou de assassinato, ao que tudo indicava o Conde tinha simplesmente morrido, de velhice, talvez, ou de estupidez...

A notícia correu os quatro cantos do planeta como se uma faísca tivesse sido lançada em meio há rios de pólvora. Humanos, vampiros, lobisomens, anjos... A largada para ir de encontro às armas tinha sido dada! E, não sendo o bastante, procuravam também por algo que os dissesse como fabricá-las. Mais! Precisavam de muito mais!!

Alguns dias depois - Castelo Belmonte

Música alta. Muito alta. Ecoando pelo grande salão onde vampiros dançavam... Um coro que acompanhava a voz feminina no palco. Todos imbecis. Uma música bonita, cantada por demônios estúpidos que se quer sabiam o que ela significava, cantavam todos em uma língua morta... Podia reconhecer muito bem aquele som, aquelas palavras...

Deus, protetor, devolva-me a salvação.

Sua vontade era rir. Deus? Protetor dos demônios!! Dai-nos a salvação! Acabe com esta vida miserável de imortalidade! Infelizes. Todos eles.

my God tourniquet
return to me salvation
my God tourniquet
return to me salvation

Sentia-se nauseado e decidiu que estava na hora de acabar com a festa.

A grande porta abriu como em câmera lenta. Um ruído alto foi ouvido, fazendo com que a música cessasse quase que imediatamente. Estava escuro do lado de fora. Dois pequenos vultos, ambos vestidos com roupas escuras, podiam ser distinguidos apenas através das passadas que os levavam para dentro do salão.

O rapaz de cabelos negros trajava uma roupa com um tom preto que pendia para o vermelho, enquanto que a menina que o acompanhava usava roupas totalmente negras e trazia consigo uma grande foice. Ambos andavam devagar, ele alguns passos a frente, um sorriso sarcástico desenhado nos lábios. Pararam próximos ao local onde o anfitrião estava majestosamente acomodado.

“Ora ora, pequeno Shuhan, o que o traz até minha morada?” Indagou Dermail, em meio ao silêncio ensurdecedor que havia caído sobre o local. Ele também sorria, dando à atmosfera um ar de cordialidade que estava longe de ser real.

“Duque, lamento interromper a... festa” Começou JaeJoong, seu olhar fixo no outro. “mas creio que você tem algo que me interessa e eu vim buscar”.

Dermail não conteve uma gargalhada alta, estridente, que preencheu o vazio deixado pela música, os demais continuavam em silêncio. JaeJoong não apresentou nenhuma reação diante a demonstração de deboche.

“E o que te faz crer que eu a entregaria a você?”. Ele apoiou o cotovelo no braço de sua confortável poltrona, para em seguida apoiar o queixo sobre as costas de uma das mãos. Olhava os dois visitantes com um desdém palpável.

Isso quase fez com que JaeJoong risse. Quase. Ao invés disso, apenas suspirou. Sabia ser cordial, podia muito bem resolver aquele impasse de uma forma privada. Mas... por que deveria? Poder. Era isso que interessava àqueles desgraçados. Se a decisão de matar ou não era apenas uma questão de ser forte, pois bem, que fosse!

“Vampiro patético... Escondendo-se atrás do título de 'vampiro puro'!” Falou o visitante “Você é uma vergonha para a espécie! Fraco, imbecil, COVARDE!”. Dessa vez o rapaz não evitou um riso controlado, vendo o semblante do duque desfigurar-se, assumindo a forma parecida a de uma carranca.

“É muita ousadia, vampiro”. A voz do mais velho erguia-se pouco a pouco, seus olhos lentamente assumindo um tom amarelado, característico dos vampiros puros. “acha que pode fazer algo contra um sangue puro? Você? Algo que saiu não se sabe de onde ou de quem... Um reles humano transformado em um de nós... Você, JaeJoong, faz parte da escória!”. E, dizendo isso, o duque cuspiu próximo aos pés de JaeJoong.

Imediatamente os olhos da acompanhante do Shuhan mais novo assumiram a cor amarelada, as presas ganharam forma, mas antes que pudesse investir contra o duque, ouviu a voz do mestre em sua mente.

“Não interfira”

A reação acabou gerando murmúrios entre os presentes e Dermail estava visivelmente surpreso diante a aparição de um sangue puro como ele ao lado de um mero vampiro.

“Está surpreso, Dermail?” JaeJoong dizia, confiante. “Deixe-me apresentar! Esta é Goddess, general de minhas tropas. Ela é tão...” Ele parou, escolhendo as palavras. “... sangue puro quanto você”.

Dermail não conseguiu evitar o espanto e, quando o vampiro mais novo começou a falar, sentiu um nó na boca do estômago. Medo. Não! Não ele! Era um vampiro puro!! Mesmo que aquela garota também fosse, nada poderia ser feito contra ele!

“Pensa que me assusta, moleque estúpido? Está muito enganado se pensa que pode fazer algo contra mim apenas por que essa garota está ao seu lado!”.

“Está se referindo às regras sobre vampiros puros não poderem ser mortos por outros vampiros??” JaeJoong suspirou mais uma vez, seu olhar transmitindo cada vez mais divertimento diante o pavor do outro. “Ela obedece a mim, Dermail. Apenas a mim! Se disser a ela que quero você morto, ela o matará. Suas leis não são nada!”.

“Ora seu...” Dermail levantou-se, enraivecido. “GUARDAS!”.

“Não é assim” Disse o shuhan mais novo. “Você tem que fazer desta forma...” Os olhos de JaeJoong adquiriram uma cor vermelha intenso, as presas cresceram e, mentalmente ele disse aos seus:

“Tranquem tudo!”

E imediatamente se fez o que era ordenado. JaeJoong riu, olhando para o duque.

“É assim que a escória faz”.

Aproximou-se de Dermail, subindo os degraus da pequena escada. Alguns súditos ameaçaram impedi-lo, sendo prontamente mortos pela garota.

“Goddess...” ele fez uma pausa proposital, tentando decidir qual seria sua ordem final. “... pode matar todo mundo”. Declarou, olhando para as duas figuras paradas próximas ao anfitrião. “Natália, KyuHyun, venham comigo”. Chamou-os, ignorando prontamente as palavras que o duque dirigia a ele. Quando este tentou reagir, atacando-o, teve seu movimento impedido pela lâmina da foice entre ele e JaeJoong.

“Você vai brincar comigo...”. Disse Goddess, um sorriso demoníaco em seus lábios diante o pavor de um vampiro covarde, que apenas se sustentava atrás de um título idiota.

Natália e KyuHyun andavam ao lado do shuhan, passos apressados em direção aos andares subterrâneos. Agora precisavam ser rápidos! O perigo que corriam não era e nunca havia sido interno. Dermail era um pobre coitado! Porém, era impossível não sentir a força dos lobisomens que se aproximavam com grande velocidade.

“Vasculhem tudo! Encontrem a humana!” Ordenou em voz alta assim que chegaram em um dos vários corredores dos calabouços. Portas... várias delas. Milhares, talvez!

Usando das características próprias dos vampiros, os três derrubavam porta por porta, vasculhando tudo em uma velocidade que a maioria dos humanos não conseguiria enxergar, apesar disso, eles levaram vários minutos para olhar tudo. Ela não estava lá.

Exasperado, JaeJoong não podia acreditar! Ela deveria estar ali!!

“Impossível! Ela tem que estar aqui em algum lugar!”. Disse ele, passando a mão pelos cabelos.

“Procuramos em cada cela” A voz de KyuHyun se fez presente.

“Você tem certeza?” Natália indagou. “E que tal se tentássemos aqui!”. Disse, pisando com força sobre uma área aparentemente de pedra, mas claramente feita de madeira.

“Uma cela no subterrâneo do subterrâneo?” KyuHyun parecia surpreso, mas JaeJoong não.

“Não há melhor lugar para se esconder algo que pode te matar”. Respondeu ele. “Bom trabalho”. Cumprimentou a garota, mais aliviado e ordenando logo em seguida. “Vá lá e traga-a para nós”.

“Sim!”. No mesmo instante Nat pulou dentro do fosso, aterrissando como um gato faria: graciosa e silenciosamente.

Estava demasiado escuro lá embaixo. Apesar de ser vampira, levou alguns segundos para localizar o que estava procurando. Em meio àquele breu, podia ouvir o som de água correndo e pingando. Estava úmido ali e fedia. Seus olhos, agora acostumados, enxergavam ossos de pequenos roedores, alguns ainda não haviam se decomposto a tal ponto e o cheiro de carne em putrefação inundava o lugar.

Estalagmites e estalactites transformavam a cela em uma espécie de labirinto. Para ela, que podia ver, não havia real problema, porém para a humana que estava ali – e sim, ela estava e Natália podia sentir sua presença – aquilo deveria ser enlouquecedor.

A vampira sabia que não adiantaria nada falar com a humana. Ela não responderia a nada! Se a garota não tivesse enlouquecido, o que se mostrava improvável, saberia que quem estava ali era igual ao ser que a havia posto lá. Estavam tentando resgatá-la, mas dificilmente a humana aceitaria ou entenderia desta forma.

Aproximou-se da figura encolhida. Não falou nada e ela também não esboçou qualquer reação se não a de se encolher ainda mais. Segurou a corrente que prendia a perna dela à parede e a puxou, arrebentando-a. Pegou a humana no colo e espantou-se ao sentir seus ossos.

“Você vai ficar bem agora” Natália não conseguiu evitar, queria, de alguma forma, tentar minimizar a dor daquela criatura tão frágil agora em seus braços. “Vou tirar você daqui”. E, dizendo isso, saltou para fora daquela escuridão, caindo próxima a JaeJoong, que a esperava.

A humana nos braços de Natália tinha cabelos castanhos claros, estava tão magra que era possível ver quase que com exatidão o formato dos ossos. Ela estava vestida com algo parecido com uma túnica, mas de um tecido vagabundo, quase transparente. Ela não reagia, não se movia... Não tinha forças, vontade ou coragem para faze-lo.

Com delicadeza, JaeJoong segurou-a. Suas mãos passearam pelas costas humanas, fascinado com as escrituras grafadas em sua pele. As instruções para a construção de armas anti-vampiros estavam tatuadas em suas costas!

Era incrível! Muito engenhoso e bastante triste. Ser usada daquela maneira...

“Vamos nos assegurar para que os humanos a encontrem”. JaeJoong falou, levantando-se, obrigando Natália a fazer o mesmo e mantendo a humana em seu colo. Ela, estupefata, não conseguiu evitar a pergunta:

“Não vamos levá-la conosco?”

“Não”. Disse categoricamente. “Ela fica com os de sua espécie e eles decidem o que fazer com o que ela carrega”.

“Senhor, isso não é um pouco imprudente?” Indagou, incerta. E quando ele virou para olhá-la nos olhos, tremeu. “S-sinto, não tenho intenção de questionar suas ordens”.

Os olhos vermelhos de JaeJoong não desapareceram. Ele estava atento a todo e qualquer movimento dentro e fora do castelo. Estava na hora de saírem.

“Vamos”. Ordenou.

“Shuhan, eles estão se aproximando rápido!” A voz em sua mente lhe alertou. Ele e Natália, que carregava a humana nos braços, subiam rumo ao pátio interno do castelo. Passaram pelo salão onde há pouco ocorria a festa e já não havia nada além de... pó.

“Os cavalos estão prontos, JaeJoong”. KyuHyun avisou, assim que os companheiros apareceram no seu campo de visão.

“Ótimo! Vamos partir imediatamente”. O líder do grupo se aproximou dos cavalos que eram trazidos por Gackt.

Gackt fazia parte de um Clã aliado e estava lá sob ordens de seu shuhan para prestar auxílio no resgate da garota, de maneira que as instruções para a fabricação das armas anti-vampiros não caísse nas mãos de seres desprezíveis como Dermail ou de alguém pior.

JaeJoong montou em um dos cavalos. Todos possuíam uma pelagem marrom clara, todos muito bem tratados e, o melhor, eram cavalos-vampiro, o que era muito útil, principalmente quando queriam evitar confrontos desnecessários. Lutar contra os lobisomens naquele momento seria uma tentativa de suicídio e, o shuhan não estava disposto a sacrificar vidas sem necessidade.

Puxando as rédeas do cavalo, fez com que o animal trotasse. Logo os demais o imitaram. Natália ainda mantinha a humana nos braços, sendo seguida de perto por KyuHyun.

“Mantenham-se juntos pelo máximo de tempo possível!” Goddess instruiu, o cavalo um pouco a frente dos demais. “Aqueles cachorros sarnentos vão tentar nos separar a todo custo! Se nos mantivermos próximos uns aos outros teremos chance de escapar sem precisar enfrentá-los em um combate direto”.

Meneando com a cabeça, os vampiros se prepararam para partir.

“Cavalguem rápido”. Foi a última coisa que a general do exército disse antes de atravessar o portão, agora destruído, do castelo.

Assim que saíram, depararam-se com uma manada inteira de lobos. Eram... trinta... quarenta... talvez mais. Todos vindo em direção a eles. Estava escuro e não havia luz, um dia propício para cadáveres andarem sobre a terra, o único brilho que era possível vislumbrar a distância eram os olhos daqueles mortos-vivos e de seus adversários lobos.

Por alguns segundos os vampiros hesitaram. Eles eram apenas seis! Por mais que fossem fortes, os lobisomens também o eram!

Medo.

“Shuhan!”

A voz de Goddess o trouxe a si. Se ele vacilasse agora, todos estariam em perigo! Controlando seu cavalo, JaeJoong se pôs a frente do grupo, cavalgava rápido e os demais o acompanhavam de perto.

Os lobisomens se dividiram em três grupos: um deles deteve-se no castelo e os outros dois vieram atrás dos vampiros, um pelo sudeste outro pelo sudoeste, tendo por intenção fazer com que os vampiros se separassem.

Na forma de lobos, os lobisomens não podiam se comunicar através da fala propriamente dita, por isso seguiam os líderes escolhidos antes de uma batalha. Eles não questionavam ordens, não paravam pra pensar nos prós e contras. Se o comando era atacar, eles atacariam.

Cavalgavam exigindo o máximo dos animais, todos permaneciam em silêncio, concentrados em ganhar algum tempo de vantagem sobre os lobisomens. Podiam ouvir a respiração entrecortada e pesada dos cavalos, o som do trote era alto, mas não conseguia esconder o som das patas e dos uivos dos animais atrás deles.

Estavam se aproximando...

“Preparem-se para lutar”

Diante a voz de comando de JaeJoong, os vampiros desembainharam as espadas quase que simultaneamente. O ressoar da lâmina em contato com a bainha pareceu um sinal para o início do confronto.

Os lobos os alcançaram e tentavam a todo custo abocanhar as pernas dos cavaleiros, porém eram afastados pelo brandir das espadas. Eles enfiavam-se no meio do grupo, empurrando-os para longe uns dos outros.

Com os cavalos eles podiam ganhar mais velocidade, porém tinha menos agilidade para desviar dos ataques inimigos e precisavam abaixar se quisessem provocar danos sérios.

“Dêem cobertura para a Natália! PROTEJAM A HUMANA!”.

A voz de JaeJoong soou alta quando mais lobos se intrometeram entre eles e, num momento de descuido consigo mesmo, o líder dos vampiros teve uma das pernas abocanhada pelo inimigo.

“JAEJOONG!” A voz de KyuHyun se sobrepôs a dos demais. Num movimento rápido, puxou as rédeas de seu cavalo, aproximando-se do líder e chutando o rosto do lobo duas, três vezes, sem sucesso. Irritado com a persistência do animal, KyuHyun permitiu-se usar da força vampírica que possuía. Seus olhos adquiriram uma cor alaranjada e ele fez uma nova tentativa, sendo q dessa vez o crânio do lobo quebrou diante a força utilizada. Isso fez com que os vampiros conseguissem abrir uma pequena distância de vantagem.

A morte do companheiro pareceu inflamar ainda mais a raiva dos perseguidores. Eles passaram a investir com mais precisão e vontade e, na primeira oportunidade, o líder do grupo, ganhando velocidade, aproximou-se deles e mordeu uma das patas traseiras do cavalo de KyuHyun, sendo arremessado para trás com um coice, mas conseguindo derrubar o animal e seu cavaleiro.

“KYU!!” Natália gritou, puxando as rédeas de seu cavalo para trás, empinando-o e fazendo com que parasse.

NÃO VOLTEM!” Era a voz de KyuHyun em suas mentes, mas, antes que ele terminasse a frase, JaeJoong já havia retornado, voltando para buscá-lo. E antes que o líder pudesse dar qualquer ordem os outros já estavam ao seu encalce.

Assim que KyuHyun segurou a mão de JaeJoong, subindo na garupa do cavalo do outro, os lobos os alçaram. Estavam cara a cara, não havia como evitar o confronto de frente. Os olhos dos vampiros já haviam mudado de cor, as presas estavam expostas e eles se preparavam para matar ou morrer tentando.

Porém, antes que qualquer uma das partes tivesse chance de atacar, o chão começou a tremer. Terremoto!! Nenhum dos dois lados saía do lugar, os lobos mantinham-se abaixados e os vampiros seguravam-se nos pescoços dos animais.

Uma fumaça quente começou a sair através das pequenas fissuras no chão. O cheiro inconfundível de enxofre poluiu o ar quase que completamente e os lobos encontravam dificuldade em respirar. Quando as fissuras aumentaram, lava começou a espirrar juntamente com os jatos fortes de fumaça.

“CORRAM!!” A voz de Miguel, também vindo de outro Clã para auxiliá-los, soou num grito e não apenas os vampiros, mas também os lobos, obedecendo ao uivo do líder da matilha, saíram em disparada, sendo os grupos correram em direções opostas.

Jatos de lava espirraram em lugares distintos e imprevisíveis.

“Separem-se! Nos encontraremos ao pé da montanha!” Foi a ordem do shuhan e todos obedeceram prontamente. Os uivos dos lobos que assistiam seus companheiros sendo mortos um a um podia ser ouvido baixinho, mas de forma repetitiva. Eles choravam.

Encontraram-se algumas horas depois no local combinado e estavam visivelmente cansados. Os cavalos bufavam e andavam devagar, os cavaleiros desceram e se reuniram.

“Natália, KyuHyun!” JaeJoong chamou-os. “Sei que ambos estão cansados, mas quero que vocês entreguem-na aos humanos”. Disse por fim, olhando para a garota encolhida próxima aos cavalos, que agora estavam deitados. “Gackt, Miguel... Agradeço imensamente a ajuda, podem retornar aos seus Clãs”.

“O Shuhan tem certeza? Podemos acompanhá-los...”.

“Sim, eu tenho, Miguel. Voltem e recuperem suas forças, não sabemos quando iremos precisar”. JaeJoong apertou a mão dos dois companheiros, agradecendo mais uma vez e os dois voltaram a montar, partindo. “Goddess...?”.

“Estaremos seguros por enquanto, Shuhan”. Ela respondeu, levantando-se do lugar onde estivera sentada até então. Estava cansada... Alimentar s cavalos com seu sangue havia sido uma boa idéia, pois isso dera mais força a eles, mas seu corpo estava deficiente de alimento e energia. “Não sei qual razão ela teve para interferir daquela maneira, mas com certeza arrancarei uma boa explicação quando a encontrar”.

JaeJoong não evitou um sorriso antes de dizer:

“Suas irmãs são todas temperamentais!”.

“Elas são”. Foi o que a garota respondeu. “Mas isso não significa que tenham a liberdade de tentar nos matar!”.

“Você tem razão”. JaeJoong aproximou-se dela e a tocou no rosto como fazia de vez em quando, como uma forma de agradecimento pelo serviço prestado, depois foi até os outros vampiros, instruindo-os. Tão logo o líder terminou de dar suas ordens, os dois partiram.

“Vamos, Goddess. Vamos voltar ao castelo”. 

4 comentários:

Baiano disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Aline disse...

(o comentário acima era meu, esqueci que meu irmão tinha saído da minha conta e entrado com a dele ¬¬)

ADOREI /caco
Por que eu não sabia da existência dessa fic? u_u

Thaís disse...

off: Say, seu irmão coloca "baiano" como identificação? .-.


Interessante, quero ver os outros capítulos

Unknown disse...

Amor, vc sabe q já é minha ídola! admiro seus escritos, a fic é interessante *-*

obrigada por postar, assim os outros vão poder ver o seu talento!

Te amo

Poste mais, quero que chegue ao capitulo 4, assim vc terá que escrever mais, mais mais mais /caco

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